Há ditos populares que afirmam “todas as mulheres são iguais”, no entanto, essa ideia é equivocada; cada mulher é singular e possui sua própria maneira de manifestar seu prazer. Esse pensamento antiquado muitas vezes prejudica a plena realização do prazer sexual feminino.
De acordo com uma pesquisa conduzida pelo Sexlog, cerca de 23,5% das mulheres já experimentaram orgasmos intensos que resultaram no fenômeno conhecido como “squirting”, o qual ainda é visto com desconfiança por muitas pessoas que duvidam da possibilidade de as mulheres excretarem um líquido pela vagina durante o ápice do prazer.
Segundo especialistas em sexualidade e relacionamentos, o “squirting” refere-se à liberação de um líquido incolor pelas glândulas parauretrais, o qual contém antígeno prostático (PSA), substância que não está presente na urina, portanto, os líquidos não são os mesmos. Todas as mulheres que possuem essas glândulas podem experimentar o “squirting”, e existem técnicas para alcançá-lo.
O orgasmo é uma resposta do corpo à sensação progressiva de intenso prazer e excitação. A sociedade frequentemente ensina que o sexo se resume à estimulação do pênis e da vulva, e que a penetração é necessária. Contudo, o sexo é uma experiência sensorial, e para alcançar um prazer intenso e orgasmos, é crucial estimular os cinco sentidos.
Para as mulheres, o prazer sexual não se restringe à penetração e ao movimento de vaivém. Uma dica para ajudar sua parceira a alcançar o orgasmo é criar um ambiente de conexão e aumento do desejo sexual. Por exemplo, pode-se colocar uma música sensual, ler um conto erótico, usar vendas nos olhos e explorar os outros sentidos com géis comestíveis, doces, velas de massagem e óleos que proporcionam calor sem queimar. A pele é o maior órgão sexual do corpo humano, com terminações nervosas por todo o corpo. Assim, massagens e toques são ferramentas poderosas para aumentar a excitação sem necessariamente focar nos genitais.
Além disso, as mulheres são frequentemente ensinadas desde cedo a reprimir seus desejos, o que resulta em uma maior dificuldade para se sentirem seguras durante a relação sexual. Esse tipo de educação conservadora também limita a compreensão do prazer feminino, levando muitas mulheres a não explorarem seus corpos e a sentirem medo ou vergonha de experimentar coisas novas com seus parceiros ou parceiras.
Portanto, a Revolution Swing Club encoraja a libertação progressiva do medo e da vergonha, incentivando a autoexploração e o amor próprio em relação ao próprio corpo. Reconhecer e valorizar o prazer feminino não apenas enriquece a vida sexual, mas também promove uma maior autoestima e autoconhecimento. É essencial que as mulheres se permitam experimentar e descobrir suas próprias fontes de prazer, sem restrições ou constrangimentos impostos por normas sociais antiquadas.