Um relacionamento liberal é um tipo de ligação onde duas pessoas estão juntas, mas estão abertas à possibilidade de terem envolvimento físico com outras pessoas, mantendo, no entanto, um compromisso, respeito e até um certo acordo de fidelidade.
Para que um relacionamento aberto funcione bem, sem prejudicar a saúde mental de todos os envolvidos, algumas atitudes são necessárias. Em primeiro lugar, a maturidade é essencial, pois em um relacionamento desse tipo é preciso haver muita conversa e explicação sobre como se sentem em relação às situações que podem surgir.
Por exemplo, alguns casais estabelecem que o parceiro só pode se envolver com outra pessoa quando não estão juntos. Também podem definir que não devem ter envolvimento com os amigos um do outro, mas isso varia de casal para casal.
No entanto, o poliamor não é adequado para todos. O tema é complexo e antes de dar o próximo passo, é necessário considerar muitas questões. A especialista em relacionamentos e psicoterapeuta Esther Perel, em entrevista ao podcast The Mindbodygreen de Jason Wachob, revelou que essa é uma questão que surge com frequência no aconselhamento de casais.
Se você fica ansioso quando seu parceiro tem intimidade ou passa muito tempo com outras pessoas, de acordo com Esther, esse é um sinal de alerta. A especialista enfatiza que os casais que consideram a não monogamia precisam ter um sentimento de apego seguro em seu relacionamento. Isso significa que o casal deve se sentir confortável na relação e confiar totalmente um no outro. No contexto da não monogamia, Perel disse que isso significa que os parceiros confiam um no outro para ter relações românticas ou sexuais com outras pessoas sem medo de serem abandonados.
Se você está pensando em abrir a relação, é importante não ter outros problemas não resolvidos. A especialista enfatiza que é essencial para os casais que consideram uma dinâmica não monogâmica avaliar por que desejam iniciar essa mudança em seu relacionamento.
Se a abertura do relacionamento for vista como uma solução para outros problemas, um casal pode estar usando a não monogamia como um paliativo em vez de enfrentar o problema diretamente, alerta Perel: “Essa opção é uma escolha de valores e estilo de vida. Não é uma solução para a falta de desejo, a falta de intimidade”, enfatiza.
Nós, da Revolution Swing Club, recomendamos não tentar resolver os problemas do relacionamento abrindo-o para o poliamor. O ideal é ter maturidade e os dois desejarem estar em um relacionamento assim. Caso o problema não seja resolvido, procure a ajuda de um terapeuta de casais que possa mediar as conversas sobre o assunto.