A fundadora do Sex Summit e diretora da principal plataforma de relacionamentos abertos no Brasil, Mayumi Sato, que foi a convidada do 29º episódio do podcast Acompanhadas, apresentado por Nina Sag e Wagner Santiago, declarou que, nos últimos 10 anos, o Ménage masculino se destacou como o fetiche mais popular entre os membros do Sexlog. Mayumi também esclareceu que esse crescimento reflete as transformações nos padrões de comportamento, observando que “o ambiente digital proporciona aos usuários a liberdade de vivenciar sua sexualidade de maneira desinibida”.
Dado esse cenário, vamos explorar um pouco a respeito do fetiche conhecido como Ménage à trois masculino (HMH). Caracterizado pela presença de dois homens e uma mulher, na prática, o Ménage à trois masculino apresenta notáveis distinções em relação a outras formas de Ménage (MHM, HHH, MMM). Isso se deve, em grande parte, à influência da cultura nas dinâmicas de gênero.
No Ménage à trois masculino, é comum, quase que como regra, que não ocorra interação entre os homens, concentrando toda a atenção na mulher. Naturalmente, essa descrição não exclui a possibilidade de envolvimento de homens bissexuais, embora seja menos frequente. Contudo, nessa configuração, é raramente o caso de a mulher ser excluída, mesmo que por um breve momento.
Uma evidência notória da disparidade de tratamento cultural entre os sexos é o conceito de “cuckold”, que se refere aos homens que têm o interesse em observar suas parceiras envolvendo-se com outros homens, e muitas vezes é vulgarmente conhecido como “corno”. Isso representa uma maneira de menosprezar a posição do homem na relação. Alguns indivíduos podem adotar esse termo para descrever a própria preferência, mas isso não deixa de ser um sinal revelador da forma como a sociedade lida com essa dinâmica.